História da Polícia do Exército na FEB

A Polícia do Exército brasileiro (PE/ FEB), foi criada para compor a Força Expedicionária brasileira em 1.944.


Na foto abaixo o segundo da esquerda para a direita é o Marechal Zenóbio da Costa e o segundo da direita para a esquerda é o Marechal Mascarenhas de Moraes.


O General Zenóbio da Costa ingressou na FEB, como voluntário, vindo a ser o Subcomandante, do efetivo na guerra, comandou o 6º Regimento de Infantaria, pelo 2º Grupo do 1º Regimento de Obuses Auto - Rebocado, 1ª Companhia do 9º Batalhão de Engenharia e elementos de serviços, num total de 237 oficiais e 4.331 praças. Zenóbio da Costa em 1.943, juntamente com outros oficiais brasileiros, estiveram nos Estados Unidos, para estagiar, entrar em contato com modernos armamentos e técnicas de combate. Em 05 de fevereiro de 1.944, o Pelotão de Polícia Militar (PE) da FEB, começou a ser estruturado, constituído por cerca de 66 homens, para seus grupos e seções.

 


A seleção inicial induzia, segundo conceito militar norte americano, os militares da tropa (MP) (PE), da FEB, deveriam possuir acima de 1,75m, rígidos valores morais, alfabetizados, que pudessem falar alemão ou italiano, e fossem possuidores de conhecimentos específicos para o exercício das funções policiais.

Dos 66 homens, 19 pioneiros do Regimento Ararigboia, compuseram a formação inicial, (núcleo original do Pelotão), e foram reforçados por mais 44 policiais da conceituada Guarda Civil de São Paulo.

 

Foi na Escola de Estado Maior do Exército, na Tijuca – Rio de Janeiro (atual 1º Batalhão de Polícia do Exército – 1º BPE), que os integrantes da Military Police (PE), da FEB, receberam todas as instruções necessárias, inicialmente o Pelotão foi comandado pelo 1º Tenente Walmir de Lima e Silva e posteriormente pelo 1º Tenente Jose Maciel Miler. Todos os integrantes da Polícia do Exército, passaram por um rigoroso processo de seleção, a fim de ratificarem padrão moral de uma TROPA DE ELITE, possuidores de dotes físicos e capacitados ao exercício das especializadas

A preparação dos integrantes (PE), foram submetidos as instruções de trânsito, controle de comboios, balizamento de itinerários, vigilância de pontos críticos e estradas, além de tiro com armas portáteis. Além disso, a Seção de Polícia do Pelotão, especializou-se em treinamentos ligados ao combate corpo a corpo, condução de presos, sinais de respeito, decoro e postura militar, conversação de alemão e italiano e ordem unida. O Pelotão de Polícia Militar brasileiro (PE), possuía um uniforme que os diferenciava das demais tropas febianas.

O uso de um distintivo na gola da gandola contendo duas pistolas bucaneiras cruzadas, além do braçal na cor azul marinho, com a inscrição MP (Military Police), colocado no braço esquerdo e os capacetes com as letras MP e a bandeira do Brasil na face frontal, juntamente com uma faixa vermelha ladeava toda a circunferência do capacete, proporcionava a tropa uma posição de responsabilidade para a manutenção das ordens emitidas no teatro de operações na Itália.

 


 

 

 

 

A Military Police do Exército brasileiro (FEB), com todo o treinamento que era necessário para o serviço, já durante a viagem de navio, de 14 dias, a tropa MP (PE), já estavam garantindo a manutenção da disciplina a bordo dos navios e a segurança do Comandante da FEB.

 

Em março de 1.945, por necessidade do serviço, o Pelotão foi transformado em Companhia de Polícia e nessa qualidade continuou a prestar inestimáveis serviços a FEB, até o retorno. A ênfase inicial dos trabalhos de preparação desta fração de Polícia do Exército de seu emprego nos campos da Itália foi direcionada à realização da segurança dos postos de comando, das áreas de estacionamento da tropa, no controle do trânsito das viaturas da FEB, no balizamento dos itinerários e na coordenação do Valimono, apoiando as atividades de reconhecimento da 1ª DIE.

Em março de 1.945, por necessidade do serviço, o Pelotão foi transformado em Companhia de Polícia e nessa qualidade continuou a prestar inestimáveis serviços a FEB, até o retorno. A ênfase inicial dos trabalhos de preparação desta fração de Polícia do Exército de seu emprego nos campos da Itália foi direcionada à realização da segurança dos postos de comando, das áreas de estacionamento da tropa, no controle do trânsito das viaturas da FEB, no balizamento dos itinerários e na coordenação do Valimono, apoiando as atividades de reconhecimento da 1ª DIE.

O Pelotão de Polícia do Exército, recebeu em suas variadas missões, sendo, por vezes, integrado a vanguarda da tropa, montando postos de vigilância, prestando informações oportunas sobre as patrulhas inimigas ou alertando na aproximação de aeronaves hostis, permitindo assim, a proteção adequada da tropa brasileira em combate nos Apeninos. Outro ponto de distinção foi a presença na segurança do Posto de Comando da FEB e da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária na segurança de autoridades das forças aliadas, além disso os Policiais Militares, também eram designados para proteger os valores nos depósitos da FEB, acompanhando os seus deslocamentos e guarnecendo as instalações febianas nas regiões de Tarquinia, Monterozzi, Vada e Ospedaleto nos meses de agosto e setembro de 1.944.

É imprescindível lembrar das baixas de alguns heróis do Pelotão de Polícia Militar ao longo da campanha militar. Um soldado norte americano, embriagado tentou furar o bloqueio, atirou contra o soldado Clovis Rosa da Silva e veio a morrer, o militar norte americano, foi entregue ao seu exército, sendo julgado pela corte marcial, e teve pena de morte.

 

Outra baixa, que marcou o contingente de policiais da FEB, foi a do Soldado Paulo Emidio Pereira, em consequência de um acidente de trânsito no decorrer de uma escolta de comboio. Atualmente, os corpos desses dois policiais do Exército, repousam no Monumento dos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro, onde o 1º Batalhão de Polícia do Exército.

 

Tenente Jose Sabino Maciel Monteiro, oficial temporário, foi convidado pelo próprio General Mascarenhas de Moraes, tendo sido designado como Comandante do Pelotão de Polícia Militar, em 27 de outubro de 1.944, e também como Comandante da Companhia de Polícia Militar em 31 de março de 1.945.

 

Atuou no Comando da Companhia de Polícia em várias missões, em todas elas o Tenente Maciel Monteiro, esteve à frente da Companhia, liderando o trabalho árduo dos Militares Policiais, que incluía entre outros, o controle de tráfego de viaturas e também o importante trato com os prisioneiros de guerra alemães e italianos.

O Tenente Maciel Sabino, permaneceu no comando da Companhia de Polícia Militar da FEB até o fim do conflito, sendo promovido ao posto de Capitão em 16 de fevereiro de 1.945. Sua história de sucesso e honra, aliada ao fato de ter sido ele o primeiro comandante da Polícia do Exército Brasileiro (em tempos de guerra e em tempos de paz), motivaram a criar a Praça Capitão Sabino, com escultura de seu busto, no batalhão de Polícia do Exército de Brasília, e a conferir ao Batalhão de Polícia do Exército de Salvador a denominação histórica de “Batalhão Capitão Sabino”, manteve-se na Força Terrestre até 1.973, passando à reforma como Coronel.

Já no pós-guerra, essa unidade não se dissolveu com a extinção da FEB, em 1.946, Zenóbio da Costa deu instruções pessoais ao Capitão Evandro Guimarães Ferreira, para providenciar junto a 5ª Região Militar, a seleção de 400 homens do Paraná e de Santa Catarina, que iriam constituir em 12 de agosto de 1.947, a 1ª Companhia de Polícia do Exército, sob seu Comando.

A 1ª Companhia de Polícia do Exército, atual 1º BPE, Batalhão Marechal Zenóbio da Costa, no Rio de Janeiro, foi comandada pelo Capitão Maciel Sabino, por 116 dias, isto é, até dezembro de 1.945.

 

Zenóbio da Costa estava entusiasmado com os conscritos, ele mesmo foi esperar o contingente na estação Central do Brasil, ele iria transformar estes homens e a unidade em elite. Da Central do Brasil, o Marechal Zenóbio da Costa, dirigiu-se ao quartel da PE, onde aguardou o contingente no pátio, fez uma saudação confortadora, ao mesmo tempo disse-lhes que iriam servir numa Unidade Ex-Combatente, pois era originária do Pelotão e Companhia de Polícia Militar da Força Expedicionária Brasileira, e com o pensamento voltado para a pátria.

Disse também, que é uma unidade disciplinadora e que eles deveriam dar o exemplo, mostrando-se sempre austeros, bem uniformizados, cabeça levantada, e que se cumpre à risca em que uma mística em que o CUMPRIMENTO DA MISSÃO é ponto de HONRA. A DISCIPLINA tem que ser exemplar, pois o PE coíbe a indisciplina e para coibi-la, ele tem que ser disciplinado no mais alto grau; a POSTURA, a ATITUDE e o DECORO MILITAR, são virtudes que impossibilitam ao transgressor revidar a uma repreensão.

É essa razão por que o soldado PE é DIFERENTE dos demais. Não é melhor nem pior, apenas diferente. Disse também o General Zenóbio da Costa que eles teriam todo o conforto necessário e uma alimentação substancial e que em poucas semanas notariam sensível diferença física. Em 1.947, a 1ª Companhia de Polícia do Exército se consagra campeã das Olimpíadas Militares, competindo com Unidades mais antigas, entre elas os Regimentos de Infantaria, Artilharia, Cavalaria e Engenharia.

O entusiasmo a que chegou o Marechal da Costa levou a determinar ao Capitão Evandro, comandante da Companhia, que tomasse providencias para que a PE fizesse demonstrações de ginástica, ordem unida e instruções especializadas, a fim que ele pudesse convidar Generais e autoridades brasileiras e estrangeiras para mostrar a eficiência da nova Polícia do Exército.

Determinou também que a guarda dos Palácios Presidenciais, do Ministério da Guerra, das residências dos Generais Ministro da Guerra e Comandante da Zona Militar Leste e 1ª Região Militar, fosse feita pela PE, e o seu objetivo era mostrar aos transeuntes a atitude militar do soldado da PE, bem como angariar a simpatia e o respeito das autoridades civis e militares que trafegassem pelos Palácios e residências oficiais. Em 1.947, foi formada a primeira turma de Motociclistas Militares que iriam operar 10 motos Harley Davidson, necessárias às escoltas das autoridades e embaixadores, além da escolta da unidade militares em cumprimento da missão.


 

Em 1.948, a PE é visitada pelo Almirante Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais, Brigadeiro e Generais sediados no Distrito Federal, e foi feita uma demonstração de Ginástica Calistênica, Controle de distúrbio e Ordem Unida, além de uma disputa de Cabo de Guerra entre os soldados do Corpo de Fuzileiros e a PE, em que se sagrou vencedora a Polícia do Exército.

A tropa foi muito bem elogiada pelos presentes, e o Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais perguntou ao Marechal Zenóbio da Costa, sobre a possiblidade de ser mandado um núcleo de Fuzileiros para estagiar na PE, com a finalidade de preparar a organização da futura Polícia da Marinha, ao que o Marechal respondeu ser uma honra para o Exército atender aquela solicitação.

Outro nome importante para a Polícia do Exército é o Capitão de Infantaria Ventura, esteve na guerra e o General Zenóbio da Costa ao retornarem ao Brasil, teve a honra de ser o primeiro PE, em temos de paz, ele é o PE número 1 como é conhecido, ele cuidou da disciplina interna do navio, foi Comandante na FEB, Comandante do 1° BPE, teve uma vida dedicada a Polícia do Exército, restando com tanto seu nome sido indicado para a denominação ao 2º Batalhão de Polícia do Exército (2º BPE) Batalhão General Ventura de São Paulo.


Capitão Ventura a esquerda e a direita General Zenóbio da Costa.

 

“A Polícia do Exército é integrante de uma elite militar inquestionável por mais de 77 anos”.

 

 




CADASTRO